segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

o não Natal

Este ano não há Natal.
Não vou receber o presente que mais quero. Não o posso pedir porque ninguém ma pode trazer de volta.
Este ano, vou ter que disfarçar que está tudo bem e que estou feliz por estar em família.
Nem todos os aquecedores, lareiras ou salamandras do mundo me vão aquecer o coração.
Este ano, o Natal vai ser gelado.
No meu presépio não vai haver anjinho porque o anjinho me foi roubado.
Este Natal não vou ser feliz porque tu não estás.
Este Natal não vai ser Natal.
Tenho saudades...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ailambeiu


Querida, mudámos-te a casa!
Só porque és tu... e porque te adoramos.
Boa viagem!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Brilha, brilha

Tenho saudades.
Não passa um dia sem que me lembre do sorriso. Das gargalhadas. Das expressões. Dos amuos e das birras.
Sinto tanta falta dos nossos abraços, de sentir que as bochechas cheiram a cuspo de tantos beijos que lhe dou.
Lembro-me dos passeios de mão dada. Da festa que me vazia quando me via. De acordar com mimos (muito próprios). De ficar ensopada no final de cada banho. De adorar a sua maneira de comer grandes bocados de queijo.
Quero repetir os mergulhos na praia (ao meu colo, com medo das ondas).
Odeio ver o quarto vazio...
O casaco que lhe dei no último Natal continua dobrado. Há um ano. Por estrear.
Quero sentar-me no chão da cozinha e senti-la a trepar por mim acima.
Quero ouvi-la perguntar-me se vou lá a casa.
Tenho o coração partido, desfeito, gelado. Ocupado pois o seu lugar estará sempre.
Caem-me lágrimas. Hoje, ontem, sempre que penso e falo nela.
Custa-me pôr os verbos no passado.
Tenho saudades. Muitas saudades.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Desisto!

Hoje apetece-me desistir.
Há dias assim. Eu tenho dias assim.
Normalmente não partilho mas sinto-o.
São dias em que, se pudesse, voltava para dentro da barriga da minha mãe. Ou mudava de planeta. Ou... Transformava-me em pó.
Sem nenhum tipo de pensamento suicida.
Quero apenas desaparecer.
Deixar de ser. Deixar de estar.
Amanhã já me passou...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estudasse!

Estou numa crise de vocação.
Não me consigo decidir sobre o que quero "ser quando fôr grande". Gosto de tudo aquilo que faço mas não gosto de nada. Portanto, não me consigo decidir sobre o que NÃO quero "quando fôr grande".
Sei bem com quem não me quero cruzar só não sei onde.
Aqueles que me conhecem sabem que sou versátil. Normalmente sou capaz de levar avante (adoro esta palavra) todos os desafios que me fazem. Faço-o com empenho, dedicação e muita disponibilidade (de tempo). Na mesma, nem sempre gosto de os fazer.
Preciso de um teste psicotécnico (daqueles que nos fazem quando temos 14 anos!) ou de uma qualquer poção milagrosa que me faça acordar e dizer: Quando fôr grande, quero ser...
Enquanto a dita mézinha não aparece vou continuando. Com trabalhos mais ou menos interessantes, pessoas mais ou menos competentes e simpáticas.
Gasto o meu tempo com assuntos que não me dão prazer.
Será que foi para isto que nascemos?
Tantos anos perdidos em formação, estudos e acompanhamentos para no final não sermos realizados?
Não era preferível só fazermos aquilo de que gostamos?
Não podemos escolher o que queremos para nós?
Sabem que mais?
Estudasse...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Alma Gémea

Gosto que me faças rir à gargalhada e me leves tantas vezes às lágrimas.
Gosto das nossas conversas de horas (é grátis!).
Gosto dos disparates constantes que dizes.
Gosto do humor corrosivo e das piadas maldosas.
Gosto das tuas performances com um leque.
Gosto do leite creme que teimas em não fazer para mim.
Gosto de viajar contigo.
Gosto de ser tua amiga e de sentir que gostas de mim.
Gosto de saber que me percebes.
Gosto das nossas parecenças.
Gosto das tuas gargalhadas estridentes e sentidas.
Gosto de me deitar no teu sofá e de te ouvir refilar.
Gosto de saber que adormeces com o canal da Assembleia.
Gosto de saber que só tua vais perceber sobre quem é este texto.
Gosto do àvontade com que falamos, da cumplicidade.
Gosto dos nossos longos passeios na praia.
Gosto dos ataques de fúria quando és obrigado a fazer alguma coisa.
Gosto de comprar t-shirts brancas contigo como se fossem o último grito da moda.
Gosto ti!
E gosto que saibas.
P.S. Não gosto do nojo que são as garrafas de água velhas espalhadas pela casa!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Espelho de mim

Ontem disseram-me que uma das minhas características é:
Colocar questões certas mas não as saber resolver.
Escrevo e falo sobre mim mas nunca consigo chegar a nenhuma conclusão.
Nunca senti que vagueasse, que deambulasse pela vida.
Se calhar...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Com e sem sorriso

Hoje estou bem disposta!
Passei o dia a rir, disse piadas, cantei, ouvi música alto, no escritório, liguei a amigos com quem já não falava há algum tempo.
Agora, já no final de um dia bom, fico a pensar nos dias maus (também conhecidos por dias não). Nas razões que nos fazem ter esses mesmos dias. Nas pessoas que nos provocam desconforto, má disposição e eventualmente lágrimas. Nas situações com que não gostamos de ser confrontados.
Pela primeira vez em 10 meses, tive um dia mau sem ter sido por me lembrar ou ter saudades da "minha gorda". Não significa que não pense nela também nestes dias mas não foi ela, ou a despedida forçada, o motivo da minha tristeza.
Encolho os ombros e percebo que não valeu a pena. Zanguei-me, fiquei triste, chorei e dormi mal por alguém ou alguma coisa que não merece.
Chego à brilhante conclusão de que na balança só pode haver 1 medida de peso: amor, dedicação, sorrisos provocados, felicidade vivida em conjunto e mais amor.
Por isto tudo, tenho saudades. Muitas. Tantas que quase não respiro.
Continuo sem acreditar.
E o meu sorriso... vai-se.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A música da Pipa

E agora?

Tenho esta capacidade sobrenatural de gostar sempre de quem nada tem a ver comigo. Há quem diga que faço de propósito. Que procuro o impossível, o difícil, o improvável.
Imagino que haja uma qualquer explicação psicológica para esta minha "doença" mas não consigo imaginar qual seja.
O que me leva a correr atrás de quem nunca me fará feliz?
O pior é que sei que não poderei levar em frente estas relações mas no entanto "atiro-me" de cabeça. Envolvo-me, permito que se envolvam, alimento e vivo em pleno cada uma dessas relações impossíveis.
Desta vez calhou-te!
Acordei um dia e percebi que era a minha "próxima vítima". E tu deste-me conversa. Alimentaste a "fera".
E agora? Não quero seguir em frente. Não te quero na minha vida, todos os dias, não vou partilhar contigo a música de que gosto (porque sei que não gostas), não quero conhecer os teus amigos (aqueles que ainda não conheço), não quero fazer programas ao domingo, nem adormecer no sofá ao teu lado.
E agora?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Vamos jantar?

Tenho sempre imensas perguntas.
Vivo rodeada de dúvidas que não partilho.
Hoje tive um encontro com um ex. O último ex. Acabámos há quase 2 anos.
Tremi. Morri de nervos. Olhei-o pelo canto do olho. Adorei falar com ele. Tive imensas saudades.
Não percebo esta minha característica: não consigo esquecer as pessoas que passam pela minha vida. Não arrumo as relações. Não ficam bem resolvidas.
Não percebo.
Mandei-lhe uma mensagem a sugerir um jantar...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

The Story

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true... I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Oh because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
You do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
It's hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you.

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

Ohh yea it's true... that I was made for you

O meu blog!

Nunca pensei ter um blog.
Não faz (achava eu) o meu género partilhar com uma série de pessoas aquilo que penso e/ ou sinto.
No entanto, e depois de ter lido alguns blogs de amigos, achei que também eu precisava de escrever aquilo que me vai na alma.
Decidi criar um blog mas nem sei bem o que hei-de escrever. Acho que vou escrevendo (adoro repetir palavras).
Aqueles que me conhecem, sabem que não sou de filosofar e tão pouco de pensar. Sou mais o género de reagir àquilo que me é dito, que se passa, que me provoca. Reajo muitas vezes a frio, de maneira bruta e, algumas vezes, arrependo-me.
No entanto, nada como um blog para começar a reflectir sobre tanto que se passa à minha volta.
Imagino que este nunca vá ser um espaço de poesia nem de sentimentos profundos. Não aspiro a tanto. Nem sei se alguma vez direi que o tenho. Que é meu. Que sou eu quem sente aquilo que está escrito. Na mesma, vou escrevendo.
Começo com saudades de uma música. Saudades de quem cantava esta música. Saudades. Começo cheia de saudades. Estou cheia de saudades. (já tinha dito que adoro repetir palavras?)
Vou pensar no próximo devaneio sobre o qual quero falar...
Até lá!

Saudades

Brilha, brilha lá no Céu, a estrelinha que nasceu.