sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Estudasse!

Estou numa crise de vocação.
Não me consigo decidir sobre o que quero "ser quando fôr grande". Gosto de tudo aquilo que faço mas não gosto de nada. Portanto, não me consigo decidir sobre o que NÃO quero "quando fôr grande".
Sei bem com quem não me quero cruzar só não sei onde.
Aqueles que me conhecem sabem que sou versátil. Normalmente sou capaz de levar avante (adoro esta palavra) todos os desafios que me fazem. Faço-o com empenho, dedicação e muita disponibilidade (de tempo). Na mesma, nem sempre gosto de os fazer.
Preciso de um teste psicotécnico (daqueles que nos fazem quando temos 14 anos!) ou de uma qualquer poção milagrosa que me faça acordar e dizer: Quando fôr grande, quero ser...
Enquanto a dita mézinha não aparece vou continuando. Com trabalhos mais ou menos interessantes, pessoas mais ou menos competentes e simpáticas.
Gasto o meu tempo com assuntos que não me dão prazer.
Será que foi para isto que nascemos?
Tantos anos perdidos em formação, estudos e acompanhamentos para no final não sermos realizados?
Não era preferível só fazermos aquilo de que gostamos?
Não podemos escolher o que queremos para nós?
Sabem que mais?
Estudasse...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Alma Gémea

Gosto que me faças rir à gargalhada e me leves tantas vezes às lágrimas.
Gosto das nossas conversas de horas (é grátis!).
Gosto dos disparates constantes que dizes.
Gosto do humor corrosivo e das piadas maldosas.
Gosto das tuas performances com um leque.
Gosto do leite creme que teimas em não fazer para mim.
Gosto de viajar contigo.
Gosto de ser tua amiga e de sentir que gostas de mim.
Gosto de saber que me percebes.
Gosto das nossas parecenças.
Gosto das tuas gargalhadas estridentes e sentidas.
Gosto de me deitar no teu sofá e de te ouvir refilar.
Gosto de saber que adormeces com o canal da Assembleia.
Gosto de saber que só tua vais perceber sobre quem é este texto.
Gosto do àvontade com que falamos, da cumplicidade.
Gosto dos nossos longos passeios na praia.
Gosto dos ataques de fúria quando és obrigado a fazer alguma coisa.
Gosto de comprar t-shirts brancas contigo como se fossem o último grito da moda.
Gosto ti!
E gosto que saibas.
P.S. Não gosto do nojo que são as garrafas de água velhas espalhadas pela casa!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Espelho de mim

Ontem disseram-me que uma das minhas características é:
Colocar questões certas mas não as saber resolver.
Escrevo e falo sobre mim mas nunca consigo chegar a nenhuma conclusão.
Nunca senti que vagueasse, que deambulasse pela vida.
Se calhar...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Com e sem sorriso

Hoje estou bem disposta!
Passei o dia a rir, disse piadas, cantei, ouvi música alto, no escritório, liguei a amigos com quem já não falava há algum tempo.
Agora, já no final de um dia bom, fico a pensar nos dias maus (também conhecidos por dias não). Nas razões que nos fazem ter esses mesmos dias. Nas pessoas que nos provocam desconforto, má disposição e eventualmente lágrimas. Nas situações com que não gostamos de ser confrontados.
Pela primeira vez em 10 meses, tive um dia mau sem ter sido por me lembrar ou ter saudades da "minha gorda". Não significa que não pense nela também nestes dias mas não foi ela, ou a despedida forçada, o motivo da minha tristeza.
Encolho os ombros e percebo que não valeu a pena. Zanguei-me, fiquei triste, chorei e dormi mal por alguém ou alguma coisa que não merece.
Chego à brilhante conclusão de que na balança só pode haver 1 medida de peso: amor, dedicação, sorrisos provocados, felicidade vivida em conjunto e mais amor.
Por isto tudo, tenho saudades. Muitas. Tantas que quase não respiro.
Continuo sem acreditar.
E o meu sorriso... vai-se.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A música da Pipa

E agora?

Tenho esta capacidade sobrenatural de gostar sempre de quem nada tem a ver comigo. Há quem diga que faço de propósito. Que procuro o impossível, o difícil, o improvável.
Imagino que haja uma qualquer explicação psicológica para esta minha "doença" mas não consigo imaginar qual seja.
O que me leva a correr atrás de quem nunca me fará feliz?
O pior é que sei que não poderei levar em frente estas relações mas no entanto "atiro-me" de cabeça. Envolvo-me, permito que se envolvam, alimento e vivo em pleno cada uma dessas relações impossíveis.
Desta vez calhou-te!
Acordei um dia e percebi que era a minha "próxima vítima". E tu deste-me conversa. Alimentaste a "fera".
E agora? Não quero seguir em frente. Não te quero na minha vida, todos os dias, não vou partilhar contigo a música de que gosto (porque sei que não gostas), não quero conhecer os teus amigos (aqueles que ainda não conheço), não quero fazer programas ao domingo, nem adormecer no sofá ao teu lado.
E agora?